domingo, 2 de dezembro de 2007



































A era Vargas (por Molotov)

O direito ao voto no Brasil: uma situação de bondade Varguista ou somente uma forma estratégica da Elite não perder seu poder?
Mulheres que votam: não são livres porque delas uma carteira à concede a "liberdade", são vitimas somente de um discurso bastardo.

Em 1929 a queda da bolsa de valores de Nova York impulsionou de modo convicto uma nova ala para as novas políticas administrativas da recém formada república cabida na Era Vargas. A República Velha anterior à posse de Getúlio em 1930 celebrava nada mais que uma constituição elitista que necessitava da presença do meio rural para abastecer aquilo que eles chamavam de "democracia", o voto do cabresto, as políticas do café com leite, o coronealismo, e a política dos Governadores.
O que deu-se o declínio da República Velha foi nada mais que um novo cenário programado pelo próprio capitalismo que impulsionou mais pessoas as cidades, e que, conseqüentemente acabou quebrando o regime de fazer eleição no Brasil em relação ao antigo período.
O Voto concedido às mulheres na Nova Constituição ortografada por Vargas em 1934 – dessa vez na Nova República, assumia pelo populismo Varguista uma estratégia Totalitária de absorção massista que se solidificava na necessidade de reunir cada vez mais o número de votos, pois, junto com o Voto Feminino cedido o Voto secreto estaria dessa vez posto em vigor.
A estratégia de ampliar mais eleitores e refazer uma Nova Constituição era nada mais que uma forma de a própria classe burguesa não se desestabelizar-se do poder através de supostos Levantes que compunham a Classe Média.
Os modelos e cargos políticos que cronologicamente tiveram posses no Brasil, eram modelos sólidos hierárquicos elitistas que na junção e na prática sempre defendiam interesses liberais.
Com a chegada de um novo cenário posto pela Ordem Universal do Capitalismo, esses Grupos que se estruturavam nas Antigas Oligarquias tomavam rumos que, agora, atendiam a "demanda" da necessidade em atender uma política onde não havia no entanto mais o "Trabalhador" pelo "Patrão" – sendo esse último o agente da Política, a Urbanização na solidificação do Capitalismo, o mercado, e o consumo, colocavam em risco poderes centrais e periféricos que davam sustentabilidade à ordem Burguesa e que atendia na pratica a junção da necessidade em eleger-se aquele que o próprio povo, agora – consumidor, escolhia.
A própria Aliança Liberal que tinha como um de seus membros o próprio Getúlio Vargas, era uma Aliança realizada por Coronéis Paraibanos, pelo PD (fundado por membros descontentes do antigo Partido Republicano Paulista), e pelos partidos do Rio Grande do Sul que seria o PRR e PL.
Essa necessidade então atendia pelo maniqueísmo uma ascensão de "democracia", onde, quem dominasse tal cenário, seria o Eleito pelo modelo de mundo que os cidadãos consumidores viessem a escolher.
O Café era o principal produto de exportação Nacional, e regia sem pudor grande influência nas decisões Políticas. Em suma, Vargas entendeu na Guerra Civil dada pelo manifesto de exigência imediata de uma Constituição – quando ainda trilhava o Período de Governo Provisório, a oportunidade de ascender junto com as Raízes da economia Cafeeira um plano que implantava nas máscaras administrativas o gole das elaborações nas alianças internacionais, e a presunção ao perceber que eram agora os cidadãos pessoas que estariam à par das ordens capitalistas.
Cedendo o Voto Secreto e o Voto Feminino não só estaria impulsionando na sociedade a idéia de solidificação da democracia, como atenderia uma escala em que ele próprio manteria no poder a si mesmo através de Golpes de Estados.
A ascendência ao voto não tardaria em ser uma farsa tão como, só poderia votar mulheres que fossem legalmente casadas, e muitas vezes por serem a maioria das mulheres pertencentes à classe média, eram essas influênciadas na teoria e na prática por seus maridos, que eram militares ou simpatizantes aos militares.
Dessa vez a Rebeldia dos Tenentes tornava seus interesses particulares um caso de conversa, pois foram os próprios Militares concebidos por Vargas Interventores dos Estados Brasileiros, quando este entrou no Poder e fechou o Congresso.
Esses militares mais para frente tornariam-se tropas leais ao Governo, e restaria agora aos reais rebeldes solidificarem na clandestinidade – a qual, reconhecia por Luis Carlos Prestes as praticas de ações comunistas contra o Estado.
Com as mesclas das Doutrinas do Capitalismo, com a junção do Protecionismo e Nacionalismo de Mercado regido por Vargas na sua implementação de acordos, e sua amizade com Hitler e Mussolini, a democracia ficou mesmo por só continuar servindo ordens diabólicas dadas pelos anceios do Presidente.
Muitos grevistas tinham seus nomes fichados em uma lista negra, qual, determinava por lei ser obrigatório aos empresários não contratarem tal trabalhadores.
Vargas também deu suporte a cala voz de uma constituinte ilhada por uma ordem de salva-guarda personalizada e exigente ao discurso da própria Elite.
A Primeira República não foi deveras diferente da Segunda no que diz respeito desde a teoria, até a prática. Só o discurso que mudou.
A segunda república que implementou a democracia era parida por um regime econômico que mamava nos seios de um Capitalismo agora não mais Mercantil, mais sim Industrial.
Os Votos cedidos e encorajados às Mulheres não seria de fato a democracia que chegava em suas portas, mais sim, a ordem operante de tal discurso.
A participação das mulheres casadas nas Cabines Eleitorais nada mais era que um modo bastardo de politicagem selvagem Varguista em ganhar mais votos e simpatia de tal parcela da população.
Muitas outras mulheres que não eram casadas, e que militavam e resistiam contra as ordens totalitárias pré-coronel, pós-capitalista de Vargas, foram devidamente caçadas, censuradas, mortas ou exiladas. Comunistas e Anarquistas foram torturados e separados de suas esposas, quando também mais tardar eram assassinados pela GESTAPO (polícia alemã nazista que intervinha no Brasil à mando de Vargas e Muller).
O que resta nos conceitos prol democrático de ascensão nesses reparos de modelos de mundo, é, entender que a mescla no suporte econômico e no planejamento de uma nova constituinte na Republica nunca certificou de fato a junção plena da democracia, pois se essa fosse de fato democrática, não seria obrigatória.
As mulheres após 1929 foram brutalmente postas em maquinários para produção de bens de base e consumo, e restaria à elas agora somente o sonho de mudança dado pelo discurso de seus maridos na influência política dos meros militares.
Os operários rebeldes pós república do café com leite, assumiam agora não mais um êxito por serem trabalhadores Urbanos mais sim, o amparo de que "as siderúrgicas traçavam a *liberdade* humana" assim com também, camponeses não tiveram elaboração e efetivação numa nova Constituinte, foram esquecidos. Seus direitos nem se que se tornaram pronuncias e suas mãos formavam calos que arrastariam a crise de 1929 com a barriga e que impulsionaria a economia à agir de modo estável frente a Segunda Guerra Mundial.
Vargas "foi mesmo" o pai dos pobres, assim como também o era a Mãe da burguesia.
Quem ganhou com a Era Vargas constituída pelo rastro patriota de discurso fascista, foi somente a mesma Elite que dissimulou estar a par dos interesses Políticos de Agrários da Nação. E em nome disso, Mulheres até hoje continuam sendo convencidas de que dupla jornada, e que capitalismo é a emancipação feminina. Homens proletariados aderiram a hora extra, e camponeses continuam cada vez mais sendo assassinados no campo. O que resta pós Getulio não é somente a certeza de que os três "J" afirmariam mais os oprimidos ao esgoto, tão como abortaria a real significância daquilo que nunca ocorreu no Brasil, a Democracia.
A Classe média foi na verdade a grande intermediaria do discurso totalitário no Brasil, por exatos 15 anos. Ela foi a base da junção da ordem coronealista anterior, com a ordem capitalista em esfera. Ela deu a base os seus privilégios de ordenar as eleições através dos rastros das máscaras colonizadas agentes em todo período na História.
O que Vargas tinha em comum com o Socialismo, era de fato somente a Ditadura a qual dele pertencia. Sua economia era tão obsoleta e implicava cada vez mais a construção de uma identidade ideológica na cerca da classe média, essa então fruto do capitalismo.
Nunca houve democracia no Brasil, assim como o voto cedido às mulheres sempre foi de fato algo não ligado ao que as mulheres tinham para dizer, mas sim, a exigência de tal economia. Sendo assim, tudo o que dizem ser "democracia" hoje é nada mais que um mero escarro de um contexto geopolítico totalmente dominado por um ciclo dominante o qual quem sempre o favoreceu, a elite.
Por isso, não acredito que o Voto feminino seja lá conquista alguma, assim como não acredito que regulamentação trabalhista seja conquista proletariada, assim como não acredito que a morte de camponeses do campo deve ser coisa para ser refletida em colunas da Revista veja.
Se querem falar de "democracia", que se derrube o último tijolo erguido nessa nação: ao contrário, não estarão falando em liberdade, mais sem de um massacre genocida contra classes oprimidas que foram e são à anos sustentados por discursos capitalistas, conformistas, liberais.




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