Por Molotov.
Que a Guerra Civil existe no Rio de Janeiro a muito tempo todo mundo sabe. Que a polícia é corrupta também.
O Rio de Janeiro tendo mais de setecentas favelas é um exemplo de cidade do Terceiro Mundo onde o Capitalismo exerceu a tarefa de casa: pôs grande parte dos cidadãos para viver de modo desumano. Assume o caráter de um sistema onde a relação periferia/trafico se torna um ciclo vicioso, um sistema do próprio sistema.
Compreende, no Rio de Janeiro todo mês são apreendidas mais de setecentas armas. Este é um número insignificante já que existe no Rio de Janeiro a mesma quantidade de Favelas.
No certo, a polícia aprende uma arma por Favela ao mês. Se não, muitas são apreendidas somente em uma única favela quando, simultaneamente, outras três armas entram em uso em alguma outra favela. Por isso, “sistema do próprio sistema”.
Nas telas, o BOPE é no Filme o batalhão “bom moço” da polícia corrupta e o bom obediente à vigor das leis do estado.
A função do BOPE no filme é mostrar para cidadãos classe média que a polícia em sua maioria é corrupta, mas que o BOPE é o salvador a humanidade.
Cenas como as de policiais do BOPE dizendo que eles são grandes cumpridores da Lei é normal.
Mas afinal, o que são “Leis”? Quem as faz? Certamente não é o povo.
Numa das cenas do filme existe uma crítica bizarra e indireta se tratando de Foucalt (grande escritor anarquista) e o Livro “Vigiar e Punir”, já que este é tema de trabalho de um grupo de Playboys universitários usuários de Maconha.
Numa operação em que o BOPE faz em uma das Favelas do Rio de Janeiro, e o personagem principal exercido por Wagner Moura atira e acaba matando um adolescente no moro, ele pergunta para um dos Universitários quem havia matado aquele garoto e o rapaz responde que havia sido um dos policiais. O capitão (Wagner Moura) diz ao playboy que quem havia matado aquele menino era ele, o universitário (por ser usuário de maconha e financiar o Tráfico).
Circo montado. Critica feita em relação ao comércio ilegal de drogas. O filme acaba por não abordar a questão da Legalização da Maconha já que esse tipo de produto nunca gerou lucro ao estado. (Aliás, se gerasse defenderiam com unhas e dentes).
A maconha para o estado é uma desculpa das autoridades para apontar fogo na Periferia.
Se não fosse o tráfico qual desculpa teriam para massacrar o morro?
“Estratégia”, “Strategy”,“Strategie”... palavra usada no Filme citada em diferentes línguas poderia significar o desarmamento e o ataque burguês em relação às favelas.
O choque só existe porque a classe média se torna vitimista desse fogo cruzado.
Todo dia morre nas favelas crianças que mal sabe ler e escrever.
Quando morre uma criança classe média alta, cuja os pais são médicos, advogados, juizes... daí, a Globo caí em cima.
O que acontece é que a televisão e as informações dominantes – como o próprio filme, não mostram a favela como “Comunidades”, mas sim como um depósito de armas e centro de quase todos os problemas da Cidade.
Mas afinal, quem realmente é problema? As favelas ou o estado? O morro ou o sistema?
Supondo que o tráfico seja destruído e a Favela desarmada. Os problemas acabariam?
Certamente o cenário da Guerra Civil no Rio de Janeiro pode ser comparado com a Guerra do Iraque, do Líbano e por que não? ... com o Exercito Zapatista de revolução Nacional no México. Todos, vítimas do Tio Sam.
Se por um lado crianças indígenas com bandanas cobrindo suas faces demonstram perigo aos nortes-americanos, as crianças Brasileiras pobres, em sua maioria demonstram ameaça para as autoridades locais que temem uma revolução se tratando de reforma agrária.
Então, é mais favorável que eles, negros, mestiços, sem dentes, famintos e sujos fiquem como vilãos da História. Que se tornem bonecos agentes do sistema do sistema vicioso comandado por mercenários capitalistas assassinos.
Afinal, a casa que eles moram podem desmoronar a qualquer hora. A água que eles bebem tem restilo de cadáver. O sangue que eles derramam jamais sujou uma bandeira, e que assim seja. Que o filme continue emocionando pessoas como Hebe Camargo e Sônia Abrão. Que as crianças continuem indo à escola por causa de merenda escolar e que sejam obrigadas por toda eternidade a cantar o Hino nacional. Que assim seja e que o BOPE e a polícia continue cumprindo a lei – esse corpo do sistema que é tão bom e caridoso para a humanidade.
Que a Guerra Civil existe no Rio de Janeiro a muito tempo todo mundo sabe. Que a polícia é corrupta também.
O Rio de Janeiro tendo mais de setecentas favelas é um exemplo de cidade do Terceiro Mundo onde o Capitalismo exerceu a tarefa de casa: pôs grande parte dos cidadãos para viver de modo desumano. Assume o caráter de um sistema onde a relação periferia/trafico se torna um ciclo vicioso, um sistema do próprio sistema.
Compreende, no Rio de Janeiro todo mês são apreendidas mais de setecentas armas. Este é um número insignificante já que existe no Rio de Janeiro a mesma quantidade de Favelas.
No certo, a polícia aprende uma arma por Favela ao mês. Se não, muitas são apreendidas somente em uma única favela quando, simultaneamente, outras três armas entram em uso em alguma outra favela. Por isso, “sistema do próprio sistema”.
Nas telas, o BOPE é no Filme o batalhão “bom moço” da polícia corrupta e o bom obediente à vigor das leis do estado.
A função do BOPE no filme é mostrar para cidadãos classe média que a polícia em sua maioria é corrupta, mas que o BOPE é o salvador a humanidade.
Cenas como as de policiais do BOPE dizendo que eles são grandes cumpridores da Lei é normal.
Mas afinal, o que são “Leis”? Quem as faz? Certamente não é o povo.
Numa das cenas do filme existe uma crítica bizarra e indireta se tratando de Foucalt (grande escritor anarquista) e o Livro “Vigiar e Punir”, já que este é tema de trabalho de um grupo de Playboys universitários usuários de Maconha.
Numa operação em que o BOPE faz em uma das Favelas do Rio de Janeiro, e o personagem principal exercido por Wagner Moura atira e acaba matando um adolescente no moro, ele pergunta para um dos Universitários quem havia matado aquele garoto e o rapaz responde que havia sido um dos policiais. O capitão (Wagner Moura) diz ao playboy que quem havia matado aquele menino era ele, o universitário (por ser usuário de maconha e financiar o Tráfico).
Circo montado. Critica feita em relação ao comércio ilegal de drogas. O filme acaba por não abordar a questão da Legalização da Maconha já que esse tipo de produto nunca gerou lucro ao estado. (Aliás, se gerasse defenderiam com unhas e dentes).
A maconha para o estado é uma desculpa das autoridades para apontar fogo na Periferia.
Se não fosse o tráfico qual desculpa teriam para massacrar o morro?
“Estratégia”, “Strategy”,“Strategie”... palavra usada no Filme citada em diferentes línguas poderia significar o desarmamento e o ataque burguês em relação às favelas.
O choque só existe porque a classe média se torna vitimista desse fogo cruzado.
Todo dia morre nas favelas crianças que mal sabe ler e escrever.
Quando morre uma criança classe média alta, cuja os pais são médicos, advogados, juizes... daí, a Globo caí em cima.
O que acontece é que a televisão e as informações dominantes – como o próprio filme, não mostram a favela como “Comunidades”, mas sim como um depósito de armas e centro de quase todos os problemas da Cidade.
Mas afinal, quem realmente é problema? As favelas ou o estado? O morro ou o sistema?
Supondo que o tráfico seja destruído e a Favela desarmada. Os problemas acabariam?
Certamente o cenário da Guerra Civil no Rio de Janeiro pode ser comparado com a Guerra do Iraque, do Líbano e por que não? ... com o Exercito Zapatista de revolução Nacional no México. Todos, vítimas do Tio Sam.
Se por um lado crianças indígenas com bandanas cobrindo suas faces demonstram perigo aos nortes-americanos, as crianças Brasileiras pobres, em sua maioria demonstram ameaça para as autoridades locais que temem uma revolução se tratando de reforma agrária.
Então, é mais favorável que eles, negros, mestiços, sem dentes, famintos e sujos fiquem como vilãos da História. Que se tornem bonecos agentes do sistema do sistema vicioso comandado por mercenários capitalistas assassinos.
Afinal, a casa que eles moram podem desmoronar a qualquer hora. A água que eles bebem tem restilo de cadáver. O sangue que eles derramam jamais sujou uma bandeira, e que assim seja. Que o filme continue emocionando pessoas como Hebe Camargo e Sônia Abrão. Que as crianças continuem indo à escola por causa de merenda escolar e que sejam obrigadas por toda eternidade a cantar o Hino nacional. Que assim seja e que o BOPE e a polícia continue cumprindo a lei – esse corpo do sistema que é tão bom e caridoso para a humanidade.
o que a população pensa sobre o BOPE http://www.casodepolicia.com/2007/06/04/o-bope-da-pmerj-na-midia/ (lixo humano)
2 comentários:
Depois de toda porcaria que rola
o governo ainda teve a cara de pau de dar 8.000.000.00 para o "Caverão"!
É uma vergonha.
os babacas estão dando risada nos cinemas...
daqui a pouco, não duvide, vai sair jogo de vídeo game do BOPE, quem matar mais pobre ganha...
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