“Um dia tranqüilo”
Ás 3 da tarde desse domingo 9 de setembro de 2007, o comentário do governo foi “um dia bastante tranqüilo, 148 detidos e quiçá que a Terça 11 seja igual, esse dia vamos autorizar umas 30 pessoas a ingresar ao memorial do Presidente Salvador Allende”.”Um dia tranqüilo” dizem vocês, com uma cidade que despertou em estado de sítio, com familiares de detidos desaparecidos, mulheres anciãs detidas como verdadeiras delinqüentes, fichando sistematicamente os companheiros que saíram para render uma homenagem aos caídos, com um cemitério geral transformado em fortaleza...Sim, Senhora Presidenta – por suposto – um dia bastante tranqüilo, assim como foram os 17 anos de ditadura também, sem duvida, bastante tranqüilos para alguns.É essa a democracia da “Concertación”: manter a tranqüilidade de um punhado de privilegiados e traidores que não querem lembrar de nada, esquecendo-se da matança de todo um povo, a impunidade que vai crescendo, os presos políticos mapuches, os endividados habitacionais, os trabalhadores, a miséria que nos toca cotidianamente. A nova política de direitos humanos da “Concertación” é isso: Apropriar-se da Memória de Salvador Allende e decidir quem pode ou não lhe prestar uma homenagem, facilitando o esquecimento da luta de nossos companheiros detidos desaparecidos, executados políticos e ex-presos políticos; e se apropriar de um lugar histórico como o é LONDRES 38 para levantar o Instituto de Direitos Humanos, majoritariamente constituído por membros da mesma Concertación quando o Chile não é nem capaz de assinar o convenio 169 da OIT que reconhece os direitos dos povos originários...A nova política de direitos humanos da Concertación é reprimir, mandar carabineiros a cavalo às ruas, prender, vigiar, aterrorizar as comunidades indígenas, olhar para outro lado quando os trabalhadores são assassinados por reinvidicar seus direitos legítimos, e gritar a todos os ventos que Chile está muito bem, com uma situação econômica muito boa, e uma democracia estabilizada. Mas o povo não é ignorante como Vocês imaginam; a raiva e a rebeldia vão crescendo, a memória está intacta e pouco a pouco está derrubando as ilusões de um novo Chile de terra, justiça e igualdade, e não são seus discursos enfáticos que vão mudar essa situação.Temos memória, temos ideais, e temos forças. Hoje os senhores conseguiram “um dia tranquilo”, pode ser que amanha seja muito menos, pode ser Senhora Presidenta que sua memória se reative, mas pode ser que o povo diga basta! Basta de impunidade, basta de injustiça, basta de salários miseráveis, basta de repressão, de desprezo e provocação. BASTA, BASTA, BASTA!!!
Memoria 119 Santiago, 09 de setembro,2007
Com o punho americano marque o rosto do tirano!!!
Ás 3 da tarde desse domingo 9 de setembro de 2007, o comentário do governo foi “um dia bastante tranqüilo, 148 detidos e quiçá que a Terça 11 seja igual, esse dia vamos autorizar umas 30 pessoas a ingresar ao memorial do Presidente Salvador Allende”.”Um dia tranqüilo” dizem vocês, com uma cidade que despertou em estado de sítio, com familiares de detidos desaparecidos, mulheres anciãs detidas como verdadeiras delinqüentes, fichando sistematicamente os companheiros que saíram para render uma homenagem aos caídos, com um cemitério geral transformado em fortaleza...Sim, Senhora Presidenta – por suposto – um dia bastante tranqüilo, assim como foram os 17 anos de ditadura também, sem duvida, bastante tranqüilos para alguns.É essa a democracia da “Concertación”: manter a tranqüilidade de um punhado de privilegiados e traidores que não querem lembrar de nada, esquecendo-se da matança de todo um povo, a impunidade que vai crescendo, os presos políticos mapuches, os endividados habitacionais, os trabalhadores, a miséria que nos toca cotidianamente. A nova política de direitos humanos da “Concertación” é isso: Apropriar-se da Memória de Salvador Allende e decidir quem pode ou não lhe prestar uma homenagem, facilitando o esquecimento da luta de nossos companheiros detidos desaparecidos, executados políticos e ex-presos políticos; e se apropriar de um lugar histórico como o é LONDRES 38 para levantar o Instituto de Direitos Humanos, majoritariamente constituído por membros da mesma Concertación quando o Chile não é nem capaz de assinar o convenio 169 da OIT que reconhece os direitos dos povos originários...A nova política de direitos humanos da Concertación é reprimir, mandar carabineiros a cavalo às ruas, prender, vigiar, aterrorizar as comunidades indígenas, olhar para outro lado quando os trabalhadores são assassinados por reinvidicar seus direitos legítimos, e gritar a todos os ventos que Chile está muito bem, com uma situação econômica muito boa, e uma democracia estabilizada. Mas o povo não é ignorante como Vocês imaginam; a raiva e a rebeldia vão crescendo, a memória está intacta e pouco a pouco está derrubando as ilusões de um novo Chile de terra, justiça e igualdade, e não são seus discursos enfáticos que vão mudar essa situação.Temos memória, temos ideais, e temos forças. Hoje os senhores conseguiram “um dia tranquilo”, pode ser que amanha seja muito menos, pode ser Senhora Presidenta que sua memória se reative, mas pode ser que o povo diga basta! Basta de impunidade, basta de injustiça, basta de salários miseráveis, basta de repressão, de desprezo e provocação. BASTA, BASTA, BASTA!!!
Memoria 119 Santiago, 09 de setembro,2007
Com o punho americano marque o rosto do tirano!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário