LA RAGE! VINGANÇA DOS INOCENTES!
La rage, do francês: A raiva...Raiva, ódio, perda, esses são os únicos sentimentos que a sociedade capitalista - globalizada – mercantil – espetácular nos reserva.Ela nos roubou a vida como um todo, fomos rebaixados a simples mão-de-obra, mercadoria perecível, desde crianças somos formados com um único intuito: transformar-se em instrumentos do grande capital, doar nossa vida, nossa energia para que os donos do mundo tenham lucro. Viver já não é um verbo adequado, nós apenas sobrevivemos.
Ou melhor, nascemos mortos.

Nossa vida está a mercê dos mercados, se ele vai mal, fácil...Ataquemos o Iraque, travemos uma guerra, e simples: a economia se equilibra a custo do sangue de inocentes, sim, o capital também transformou o sangue em dinheiro.
Os empregados exigiam aumento... Terceirizamos a produção na África, na Ásia, ou qualquer outro lugar miserável com um risório piso salarial, utilizando até mesmo trabalho escravo e infantil. No capitalismo globalizado tudo se resolve facilmente a custa do sangue e das condições de vida dos pobres. Sabotagem econômica, destruição do ecossistema, pensamentos escondidos e proibidos, canções guardadas, vigília constante, trabalho, trabalho, trabalho, um pagamento que só nos garante a sobrevivência, e ás vezes nem isso. Eis aqui as promessas de nossa civilização.
Tudo com um único fim, o lucro, só o lucro, ele comanda o jogo. A civilização das prisões, das cercas, das igrejas, dos muros, do alimento guardado, de uma só historia, de uma só cultura. “Consumo, logo existo”, eis a verdade suprema. A sociedade que odeia as minorias, a cultura, os livros, os que pensam. A sociedade da técnica, técnica, técnica. E assim fomos ultrapassados também pela técnica. Perdemos totalmente o domínio sobre o poder, década após década vemos a humanidade se



Nós recusamos os partidos, as vanguardas, e tudo que delimite o pensamento, e a ação individual e coletiva, Não doaremos nosso sangue a nenhuma “causa”, a nenhum partido, a nada! A não ser nossa felicidade, e a felicidade dos demais, “Se não
posso dançar, não é minha revolução” (Emma Goldman).

Queremos dançar, e a revolução não poderia ser diferente. Viva os sabotadores da mercadoria, os sabotadores de cercas, de muros, de crenças.Ressaltamos tudo que tenha potencial de curto-circuitar as relações sociais - mercantis, e valores dessa sociedade. Sabendo que essas ações serão taxadas de delinqüentes e vândalas, após décadas de tempestade mídiatica, realmente é isso que restou. Um belo rebanho de telespectadores obedientes. Por isso não deixemos aos especialistas da notícia a função de (des)informar.
”Debaixo das calçadas, está a praia”.
Que belos são os monumentos, as igrejas européias, que rendem tanto dinheiro a nossas metrópoles, pois é, lá está nosso ouro, nosso trabalho!Que belas são as pontes, as rodovias, as ferrovias, os túneis, essas maravilhas arquitetônicas, construídas sob sangue operário. Sob famílias desesperadas, famintas. E Que parte da história reservaram para nós?Nenhuma. Somos apagados da historia oficial, estamos acima do tempo – espaço. Somos fantasmas. Mas nós nunca desaparecemos, sempre estamos ali,
lado a lado, batendo de frente com o poder do esquecimento.

Não queremos nada que não tenhamos direito, terra, pão, moradia, justiça, dignidade, autonomia, felicidade. Só queremos restituição, que devolvam tudo que nos é roubado a séculos. Levaram nossa cultura, nossas crenças, nossas terras, e até mesmo nossos filhos.
A voz dos sem voz ainda ecoa!
A voz que foi apagada da história, abafada pelas metralhadoras e pelo poder mídiatico.
A voz negada... Agora ressurge como um grito.
As palavras agora são pedras e voam em direção aos centros.
Tremam, se
escondam! É o único que podem fazer. Os gritos ressurgiram por todos os cantos como um feixe de luz na imensa escuridão. Iluminando a história. Revelando os rios de sangue, por detrás das cortinas do grande teatro global. Desentupindo as veias congestionadas das cidades. Incendiando o teatro – tragédia que nos roubou o brilho e a alegria. Levantando os mortos, reclamando novamente nosso nome e nossa história. Já não temos rostos, da mesma maneira que os donos do mundo que se escondem atrás de suas mesas de negociações. Nossa máscara não esconde nossa identidade, ela a revela, nos identifica.

Somos o que há de mais apaixonante e proibido, somos a gasolina dos molotovs, os facões do camponês, o retrato de Ocalan, o fuzil do guerrilheiro, a rádio clandestina, os pneus da barricada, a máscara negra, o espírito Mapuche, as palavras de ordem de 68...

Somos o ódio, a revolta, a raiva, a vingança!
A vingança dos inocentes!
La Rage !
E finalmente um novo espectro assombra o planeta, não, não é o comunismo!
(Tudo aqui escrito se deu utilizando conhecimento adquirido de outros autores, livros, textos, que por sua vez foram construídos utilizando outros pensamentos, outros textos. Num grande ciclo, onde percebemos que o conhecimento é uma propriedade COLETIVA, e não individual. FODA-SE O COPYRIGHT! Faça o que quiser, essa é a regra!).
Um comentário:
Do caralho!!!!!!!!!!!!!!!!la rage vive!
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