sábado, 19 de janeiro de 2008

Ação direta já. Fora o estado. Fora o capital.


O estado não é só fruto da sistemática ordem de organização social a qual usufrui do senso comum universal como, eficaz um caráter burocrático de organização voltado ao próprio cambio do estado. O próprio processo para se chegar a um nível único de estado é de fato por si só um caminho burocrático, o que chamamos de “darwinismo marxista”.
A tutela do estado é o partido do estado. A primeira etapa é a organização dada pelo socialismo segundo Kaul Marx, depois pelo comunismo.
O caminho até se chegar a uma sociedade livre é árduo e duro, tão como é o regime de ditadura do processo primário a se chegar ao comunismo.
Esse processo visado por Kaul Marx foi nada mais que uma forma de aniquilar fatos históricos para passar a criar de forma folclórica na sociedade uma esperança vil de organização social baseada numa liberdade um pouco fragmentada.
Vejamos a Revolução Francesa, o próprio Iluminismo foi fruto de uma resposta dos trabalhadores injustiçados, que passavam fome e que pagavam altas taxas de impostos para a monarquia que se estabelecia no poder e nada fazia para o povo.
Porém, esses mesmos trabalhadores revoltados (burgos) fizeram nada mais que uma substituição de poder, tornando-se assim o próprio poder, a própria Burguesia.
O grande símbolo anti-monarquista da época era nada mais que um aristocrata, Napoleão Bonaparte. Quando se ouvia falar em revolução francesa, associava-se repentinamente as vertentes da revolução que eram baseadas em Jacobinos, Girondinos e os do centro. Os ideais do século XIX trazia consigo mais do que ranços de condutas políticas baseadas na forma de organização anterior. Dessa vez moldando no mundo os de esquerda e direita.
Kaul Marx não sonhava demais, só estava um pouco equivocado.
Pois ao longo do processo histórico desde Grécia e Roma antiga (Monarquista/Imperialista/Republicana), até o Renascimento e a primeira Revolução industrial, qualquer forma de organização que negava o poder atual era mais uma forma em querer autonomia e a própria transferência de poder para quem o negava.

A revolta dos trabalhos é importante? Sim, é. Numa sociedade capitalista universal exceto Cuba, o modo de produção atual é baseado numa economia de lucro e privatização e fere mais do que os direitos humanos devido às tamanhas insalubridades das fábricas, cargas horárias relativamente desrespeitosas e exploradoras, salário mínimos, e propriedade privada – tudo, baseado exclusivamente na realidade das classes.
Kaul Marx queria que todas as classes se convertessem a uma só, a operária. e que todo bem produzido fosse revertido ao estado. Sendo assim, esse distribuiria de forma comum os bens de modo igualitário para o próprio povo.
Isso tudo parece muito belo desde que não houvesse na arbitrariedade do estado a mescla da opressão e um regime totalmente baseado no pivô do modo de produção. Todos teriam que produzir, tudo seria revertido à tutela do estado. O partido.
Bakunin criticava Marx porque via de forma ampla que a realidade era totalmente outra.
Enxergava os grandes problemas da história, via que o poder qualquer ele qual fosse seria tacanho e não via solução no socialismo pois esse era nada mais que uma substituição de poder. Existia poder no socialismo, e Bakunin o renegava acima de tudo. O problema para Bakunin sempre foi o poder, e enxergava a sociedade de modo coletivista e não comunista.
A terra não teria dono, por tanto o estado desapareceria. A água não teria dono, portanto o estado seria desnecessário.
Kaul Marx conseguiu grandes adeptos ao socialismo desde a publicação de um dos seus mais importantes livros, O manifesto do Partido Comunista. Conseguiu inspirar acima de tudo pessoas como Stalin, Trotsky, Mao Tsé Tung e até mesmo Hitler que distorcia o socialismo de modo Nacionalista – criando assim o Nacional Socialismo, vulgo nazismo.
Porém o sonho de Marx parece que só conseguiu mobilizar guerras que foram mais do que fato, guerras capitalistas.
As Internacionais iniciadas pelos trabalhadores seria mais do que tudo uma ascensão participativa do povo e uma organização do povo voltada exclusivamente ao comunismo. O que seria, uma ideologia estendida sem fronteiras, universalmente sem nacionalismo.
Mas isso de fato não ocorreu quando a vertente de ideais liberais se chocavam com os ideais de Marx – esses que andavam absolutamente de mãos dadas no jogo econômico do capital. Exemplo acordos da Ex-União Soviética, China, e Cuba com países representantes do liberalismo.
Muitos países que se diziam Socialistas na Segunda Guerra Mundial – esta, fruto da Primeira Grande Guerra totalmente capitalista, eram países de câmbio nacionalistas que não ampliaram o Socialismo de Modo Universal – criando assim, um estado para uma nação, e uma nação para um estado. No embate de Nação e Estado os princípios de nacionalismo andavam mais do que junto com as idéias Marxistas.
E então que lado ficar? Ao lado dos operários Alemães ou dos operários Judeus?
O sionismo também foi grande influencia ao fascismo.
Numa época pós-revolução industrial as nações e suas fábricas precisavam acima de tudo de armas para atender a demanda da proteção dos seus próprios bens.
Foram essas “acumulações de riquezas” que despertou de modo convicto as desenfreadas guerras que aconteciam entre Ocidente e Oriente.
“Acumulações de riquezas”, o principio de Marx. “Necessidade de material bélico”, o nacionalismo estadista.

Quando o muro de Berlim veio à baixo, deparamos com uma Rússia agora não mais Socialista. Mas sim, com um partido o qual se ascendia como uma elite tacanha enquanto a Republica passava por uma grande crise na falta de alimentos devido as guerras que passava.
Depois de anos de crise, foi a tutela do estado (o partido) que conseguiu manter-se unicamente de forma estável rente às crises econômicas que geravam fome no país.
Ou seja, o povo passava fome e o partido não – os membros do partido agora, seriam a Elite da Rússia após 09/11/1989.
Alguma diferença com a Burguesia da Revolução Francesa? De fato não.
O problema que Kaul Marx não via era que a acumulação de riquezas destinadas à qualquer órgão social gerava mais do que conflitos, gerava desigualdade a partir do momento em que o estado passaria a ser (é óbvio) uma “classe” diferente a do povo.

Anos após queda do Muro de Berlim tudo o que vemos falar sobre Política no mundo, sempre – repetitivamente, cai em cima do jogo “capitalistas x socialistas”, parecendo não somente discussões tão chatas como assistir televisão, mas acumulando no processo histórico um atraso e abrindo um rombo no avanço da humanidade. Até esse mundo digital se comparta nitidamente de forma associada à guerra fria. “Eu to desse lado ou não tô.”
Só uma coisa que avançou mais que o homem e a política dos homens foram as ordens da globalização e junto à ela os problemas recordes da burocratização, do meio político de organização social a qual ela pertence.
Enquanto você pensa pra respirar alguém já tirou uma foto. Imaginem como é tornar publico um manifesto numa avenida paulista?
O estado continua andando junto com o imperialismo e dessa vez o povo demorará anos para perceber que “Liberdade de expressão” não depende de protestos pacíficos com cartazes e apitos. Essa liberdade de expressão a qual é relatada de forma globalizada mundo à fora é unicamente transversal à burocratização da pessoa normal/civil.
É por esses processos históricos, por essas características Marxistas, por essa democracia fragmentada, pela burocratização, por esse capitalismo imperialista opressor e big brother que eu escolho definitivamente acreditar que a única saída é a ação direta.

Ação direta num mundo sem documentos para que o estado venha abaixo como qualquer outra forma de hierarquia seja ela econômica diferenciada por classes sociais, agrárias de modo de produção, sustentação da mídia imperialista – que opõe-se a Liberdade desapareça sem causar magoas nas patifarias políticas mundiais.


POR UM MUNDO LIVRE.
SEM HINO, SEM PATRIA, SEM ESTADO, SEM CAPITAL.

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